Sessão de Cuidados Paliativos aborda conceito de “dor total”

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O médico Silber Alves explicou o conceito de dor total

A atuação multiprofissional no cuidado paliativo, a importância do processo de escuta com pacientes e familiares e os múltiplos aspectos que envolvem o conceito de “dor total” foram os assuntos debatidos durante a VI Sessão Clínica de Cuidados Paliativos do Hospital do Subúrbio, realizada no dia 11 de fevereiro, no auditório da instituição.

O médico Silber Rodrigues Alves, professor de Medicina Paliativa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), comandou os trabalhos da sessão provocando reflexão acerca do compartilhamento de informação e conhecimento entre profissionais, pacientes e seus familiares, reforçando o respeito aos limites do indivíduo e o valor da transparência em situações difíceis. “Na maioria das vezes a família quer que você seja honesto”, disse aos profissionais presentes.

Profissionais do HS foram convidados a refletir sobre o processo de escuta com pacientes e familiares

Ao desenvolver o tema do encontro, “Dor Total”, o palestrante apresentou um diagrama trazendo uma abordagem multidimensional para possibilitar a avaliação das quatro dimensões que formam o conceito de dor total: as dores físicas; psicológicas; sociais e familiares; e espirituais. Segundo Silber, é fundamental que a equipe analise a história do paciente, sua forma de viver e inserção na comunidade, dê orientações legais e financeiras, promova um trabalho de ressignificação da vida sob o ponto de vista do paciente, e avalie o papel que a religião ou a espiritualidade podem ter para contribuir no enfrentamento de sua condição.

Há um ano o Hospital do Subúrbio (HS) promove sessões científicas periódicas sobre os diversos aspectos que envolvem os cuidados paliativos. Para o diretor técnico do HS, Rogério Palmeira, as reuniões capacitam e educam a equipe ao discutir a temática, ainda cercada de mitos e tabus.

A série de sessões clínicas teve início em fevereiro de 2019 e desde então se debruçou sobre o perfil e identificação de pacientes com indicação de cuidados paliativos, a comunicação com pacientes e familiares em situações que envolvem o diagnóstico de doenças terminais e doenças crônicas, a espiritualidade na prática assistencial e os aspectos psíquicos diante do adoecimento. O próximo encontro está programado para o mês de abril.