Hospital do Subúrbio fortalece política de gerenciamento do uso de sangue

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A Agência Transfusional do Hospital do Subúrbio (HS) iniciou, neste mês de setembro, campanha interna de conscientização e fortalecimento do PBM (Patient Blood Management), ou seja, Gerenciamento do Uso de Produtos Sanguíneos no Paciente. A ação, que inclui divulgação e distribuição de material explicativo, com disseminação de informação para gerar conhecimento, tem como objetivo reforçar uma cultura de uso racional e seguro de sangue, otimizando o manuseio da transfusão.

Desde maio deste ano, o HS vem realizando uma série de treinamentos periódicos com os profissionais para otimizar o uso do sangue em pacientes cirúrgicos. A adoção de uma política restritiva de uso de sangue não é algo novo no HS. Aliada a uma equipe de Medicina Transfusional assistencial, que interage com todas as equipes do hospital de maneira a tornar mais eficaz o uso do produto sanguíneo, essa política vem sendo trabalhada e aperfeiçoada desde meados de 2014.

“Em abril daquele ano (2014), eram realizadas cerca de 900 transfusões por mês. Conseguimos, gradativamente, reduzir o número para cerca de 600 transfusões. Para chegarmos a esse resultado, primeiro colocamos em prática uma política restritiva de uso de sangue. Agora demos um passo maior, com a implantação do PBM, tentando reduzir ainda mais a quantidade de transfusões”, explica a coordenadora da Agência Transfusional do HS, a médica Isa Lyra.

O PBM consiste num conjunto de cuidados baseados em evidências, com uma abordagem multidisciplinar direcionada para cada paciente, que inclui adotar técnicas de conservação do sangue, otimizar a coagulação, avaliar e tratar a anemia, além de minimizar a anemia iatrogênica (provocada). Tudo isso possibilita melhor evolução do paciente, otimização de sangue e redução de custos.

Por meio do PBM, é possível indicar a transfusão de acordo com a necessidade do paciente. “Diante da dificuldade dos hemocentros em manter suas reservas de sangue em nível seguro, dependendo amplamente de doações, a utilização racional do sangue através de um programa individualizado de gerenciamento deve ser uma prática de todos os centros”, destaca Isa Lyra.