Modelo de Assistência

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O processo de trabalho do Hospital do Subúrbio (HS) tem como base o cuidado central no paciente, dentro de três linhas de atenção: pediátrica, adulto clínica e adulto cirúrgica. Essas linhas permeiam todos os setores estratégicos da instituição (Emergência, Unidade de Terapia Intensiva e outros) e contam com a participação da área de Ensino e Pesquisa como uma ferramenta para a qualificação da assistência e formação de equipe (fidelização).

O hospital acredita na qualificação da assistência à saúde. Por isso, entende que é imprescindível unir a ética, a humanização e a tecnologia, orquestrando-as harmonicamente em um modelo de gestão inovador na rede pública, com valorização do acolhimento ao paciente e estratificação de riscos, além da interatividade e agilidade nas decisões e condutas técnico-assistenciais.

Graças à dedicação de seu corpo técnico e administrativo, que atua como um time devidamente qualificado para colocar em prática, no dia a dia, o modelo de gestão proposto, o HS tem a certeza de servir como um instrumento de mudança para o fortalecimento da rede de serviços de saúde do município de Salvador.

Ao perseverar no acolhimento com classificação de risco, atendendo com base na gravidade da situação do paciente e orientando os casos mais simples, a equipe do HS ajuda cada vez mais a salvar vidas e torna o hospital uma segurança para a rede de serviços, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e ao mesmo tempo encaminha pacientes para a continuidade da assistência nessa mesma rede de serviços (sistema de referência e contrarreferência). Tudo isso, preservando, a todo instante, a dignidade do atendimento ao paciente.

Acolhimento com classificação de risco

A Política Nacional de Humanização (PNH) da atenção e gestão no Sistema Único de Saúde – HumanizaSUS – , implantada pelo Ministério da Saúde, estabelece como uma de suas diretrizes o acolhimento dos pacientes por meio da classificação de risco. Seguindo o que preceitua a PNH e com o objetivo de implementá-la, o HS coloca em prática um modelo de assistência baseado no atendimento a todos os pacientes de modo indiscriminado, sendo a demanda acolhida através de critérios de avaliação de risco e, portanto, oferecendo assistência em consonância com as necessidades de cada usuário.

O acolhimento por classificação de risco realizado pelo HS está em conformidade com as orientações do Comitê Gestor do QualiSUS – Sesab, em obediência à Portaria GM-MS 3.125 de 07 de dezembro de 2006. A Portaria institui o Programa de Qualificação da Atenção Hospitalar de Urgência no Sistema Único de Saúde – Programa QualiSUS – e define competências, como a “estruturação da atenção à saúde nas urgências mediante critérios de acolhimento, com dispositivos de classificação de riscos, vínculo, resolutividade, integralidade e responsabilização entre trabalhadores, gestores e usuários na rede de serviços” (artigo 2º, inciso I).

  • O que é a classificação de risco?

modelo-de-assiste%cc%82ncia1-acolhimento-com-classificac%cc%a7a%cc%83o-de-riscoA classificação de risco é uma forma de definir a prioridade no atendimento aos pacientes, de acordo com a gravidade do caso, e não com a ordem de chegada. A partir das informações sobre sintomas de doença do paciente e observação dos sinais físicos que apresenta, ele é classificado em um dos quatro níveis de assistência existentes no Hospital do Subúrbio. São eles:

Nível vermelho (emergência, com atendimento imediato) – classificação para o paciente em estado de emergência com risco iminente de morte. O paciente considerado “vermelho” tem passagem direta para atendimento e é assistido na área de reanimação e estabilização (área vermelha). Abrange casos de hemorragias, tiros, facadas, mal súbito (a exemplo de paradas cardiorrespiratórias), dentre outros. Os pacientes neste estágio necessitam de atenção médica imediata e chegam ao hospital por demanda espontânea, encaminhamento referenciado, ou seja, pela Central de Regulação, e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Nível amarelo (urgência) – refere-se ao paciente que tem sofrimento intenso em decorrência de doença, geralmente portador de doença aguda grave, que necessita de atendimento no menor espaço de tempo possível, ou pacientes portadores de doenças crônicas que se apresentam em estado agudo.

Nível verde (pouca urgência) – direcionado ao paciente que apresenta quadro de doença menos grave, mas que precisa de atendimento médico ou de enfermagem, e investigação clínica das suas necessidades, podendo ser assistido em um espaço maior de tempo. Inclui-se nesta classificação o paciente que apresenta dor, febre, sintomas gerais e inespecíficos, mas que necessita de investigação. Constitui a maior parte dos pacientes que buscam a unidade hospitalar, embora se verifique, nos últimos anos, uma redução no número de atendimentos de pacientes classificados como “verdes”, em conformidade com o perfil do HS, onde os pacientes “amarelos” e “vermelhos” são prioritários.

Nível azul (não urgência e de baixa complexidade) – voltado ao paciente que não tem perfil de atendimento hospitalar e que deve ser assistido na rede básica de saúde (Unidades de Pronto Atendimento – UPAs, postos e centros de saúde). O paciente “azul” é aquele que apresenta sintomas e sinais de doenças leves (a exemplo de resfriado comum, coriza e outros) e que busca receitas e pedidos de exames/consultas, situações que não demandam atendimento hospitalar. Embora não seja assistido no Hospital do Subúrbio, o paciente é acolhido e encaminhado pelo Serviço Social do HS à rede básica de saúde, observando-se a sua área de procedência para a escolha da unidade de saúde mais próxima da sua residência.

Visão sistêmica e trabalho em equipe

O Hospital do Subúrbio acredita que, entendendo o sistema, cada um pode compreender a importância do seu papel no processo e agir em conjunto. A atuação comprometida de cada profissional é elemento fundamental para o sucesso do trabalho em equipe. O HS incentiva comportamentos que contribuam para relações positivas baseadas no respeito mútuo e preza por interações consistentes, permanentes e fluidas entre todos os participantes, sejam profissionais das equipes técnica, médica ou administrativa, e usuários.

O HS sabe que a resolução de problemas deve se dar com agilidade e objetividade. Para isso, conta com uma estrutura organizacional baseada no gerenciamento dos processos de trabalho, visando o alcance de metas e a satisfação do cliente. A partir de uma atuação humanizada, pratica um modelo de atenção e gestão dos processos de trabalho que tem como foco as necessidades do cidadão e a produção de saúde.

Ao ousar novas formas de atuar, através da implementação de um novo modo de administrar e uma mudança radical no jeito de pensar, trabalhar e agir, o Hospital do Subúrbio quebra paradigmas. Isso porque fomenta a transversalidade e a grupalidade no trabalho de uma equipe multiprofissional, produz ao mesmo tempo saúde e sujeitos, constrói redes interativas e participativas, e, acima de tudo, respeita o usuário oferecendo-lhe atendimento acolhedor e resolutivo, baseado em critérios de risco.